Antonio Cesar Perri de Carvalho
31/10/2014 10h28 - Atualizado em 31/10/2014 10h32
Em Defesa da Vida
A Obra Básica e inaugural O livro dos espíritos
(em “O Livro Terceiro – Leis Morais”) apresenta teorias avançadas para a
sua época, especialmente no que concerne ao direito de viver:
“Qual o primeiro de todos os direitos naturais do homem?
– O de viver. Por isso é que ninguém tem
o de atentar contra a vida de seu semelhante, nem de fazer o que quer
que possa comprometer-lhe a existência corporal” (questão 880).
A vida tem um sentido mais profundo para
o Espiritismo – “o mais terrível antagonista do materialismo”, como
concluiu o Codificador em O livro dos espíritos (Conclusão II).
Pela ótica ampliada pelo Espiritismo,
torna-se possível a compreensão dos ensinos morais do Cristo
relacionados com o “levantamento da ponta do véu” que é a certeza da
imortalidade da alma (Introdução de O evangelho segundo o espiritismo) e do sentido amplo de “Eu vim para que tenham vida e a tenham em abundância” (João, 10:10).
Como espíritos imortais – encarnados –
temos compromissos com a valorização da vida e com a qualidade de vida, a
começar pelo respeito ao próprio corpo.
“O corpo é o primeiro empréstimo recebido pelo Espírito trazido à carne” – André Luiz (Conduta espírita, cap. 34).
A vida física deve
ser respeitada desde o momento da concepção até o instante da morte
natural. Daí serem incabíveis, o aborto, a violência, o uso de drogas, a
eutanásia e o suicídio.
Da magistral obra Memórias de um suicida,
destacamos: “O que há é o desaponto, a surpresa aterradora daquele que
se sente vivo a despeito de se haver arrojado na morte! É a revolta, a
praga, o insulto, o ulular de corações que o percutir monstruoso da
expiação transformou em feras! O que há é a consciência conflagrada, a
alma ofendida pela imprudência das ações cometidas, a mente
revolucionada, as faculdades espirituais envolvidas nas trevas oriundas
de si mesma!”
Daí o papel
educativo que deve ser trabalhado pelos espíritas dentro e fora do
Movimento Espírita: “A reencarnação é o meio. A educação divina é o fim”
(André Luiz, Missionários da luz).
O respeito à vida em
todas as etapas tem sido objeto de Campanhas, intituladas “Em Defesa da
Vida”. A Federação Espírita Brasileira a implantou desde 1994. O
Conselho Espírita Internacional discutiu várias vezes o tema. A
Federação Espírita Portuguesa elaborou uma Campanha como proposta ao
CEI, que foi aprovada, e também propôs que este seja o tema central do
8º. Congresso Espírita Mundial, programado para Lisboa, para o ano de
2016.
Cultivemos e valorizemos o louvor continuado à existência corporal e à vida imortal!
“O verdadeiro homem de bem é aquele que pratica a lei de justiça, de amor e caridade, na sua maior pureza” (O evangelho segundo o espiritismo, Cap. XVII, item 3).
Acessos a páginas eletrônicas:
1) EM DEFESA DA VIDA – Portal da FEB:
2) Manifesto contra legalização da maconha:
3) CAMPANHA “AMAR A VIDA” DA FEDERAÇÃO ESPÍRITA PORTUGUESA NO PORTAL DA FEB:
Livro:
Pereira, Yvonne Amaral. Pelo espírito Camilo Cândido Botelho. Memórias de um suicida, 1ª. parte. Cap. O vale dos suicidas, p.22. Brasília: FEB Editora.
Revista:
Reformador on line – edição de novembro de 2014:
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