quarta-feira, 16 de dezembro de 2009


Canção do Natal

Mestre Amado, agradecemos, Em Teu Natal de alegria, A paz que nos anuncia A vida superior. . .
Por nossa esperança em festa, Pelo pão, pelo agasalho, Pelo suor do trabalho, Louvado sejas, Senhor! . . .
Envoltos na luz da prece, Louvamos-te os dons supremos, Nas flores que te trazemos, Cantando de gratidão!. . .
Felizes e reverentes, Rogamos-te, Doce Amigo, A bênção de estar contigo No templo do coração.

Casimiro Cunha
(Do livro "Antologia Mediúnica do Natal", psicografado por Francisco Cândido Xavier, pág 136, 1ª ed.- FEB)

segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

**Chinelos Dourados**





Faltavam apenas cinco dias para o Natal. O espírito da ocasião ainda não tinha

me atingido, mesmo que os carros lotassem o estacionamento do shopping.

Dentro da loja, era pior. Os últimos compradores lotavam os corredores.

- Por que vim hoje? Perguntei a mim mesmo.

Meus pés estavam tão inchados quanto minha cabeça. Minha lista continha nomes

de diversas pessoas que diziam não querer nada mas eu sabia que ficariam magoados

se eu não os comprasse qualquer coisa. Comprar para alguém que tem tudo e com os preços

das coisas como estão, fica muito difícil. Apressadamente, eu enchi meu carrinho de

compras com os últimos artigos e fui para a longa fila do caixa.

Na minha frente, duas pequenas crianças - um menino de aproximadamente 10 anos

e uma menina mais nova, provavelmente de 5 anos. O menino vestia roupas muito

desgastadas. Os tênis me pareceram grandes demais e as calças de brim muito curtas.



A roupa da menina assemelhava-se a de seu irmão. Carregava um bonito e brilhante

par de chinelos com fivelas douradas. Enquanto a música de Natal soava pela loja,

a menina sussurrava desligada mas feliz.

Quando nos aproximamos finalmente do caixa, a menina colocou, com cuidado,

os chinelos na esteira. Tratava-os como se fossem um tesouro.

O caixa anunciou a conta: - São $6,09. Disse.

O menino colocou suas moedas enquanto procurava mais em seus bolsos.

Veio finalmente com $3,12.

- Acho que vamos ter que devolver. - disse.

Nós voltaremos outra hora, talvez amanhã.

Com esse aviso, um suave choro brotou da pequena menina.

- Mas Jesus teria amado esses chinelos, ela resmungou.

- Bem, nós vamos para casa e trabalharemos um pouco mais. Não chore.

Nós voltaremos. Disse o menino.

Rapidamente, eu entreguei $3,00 ao caixa. Estas crianças tinham esperado na fila

por muito tempo. E, além de tudo, era Natal. De repente um par de braços veio em torno

de mim e uma pequena voz disse: - Agradeço, senhor.

- O que você quis dizer quando falou que Jesus teria gostado dos chinelos?

Eu perguntei.

O pequeno menino me respondeu: — Nossa mãe está muito doente e vai pro céu.

Papai disse que ela pode ir antes mesmo do Natal, estar com Jesus.

E a menina completou: - Meu professor disse que as ruas no céu são de ouro, brilhantes

como estes chinelos. Mamãe não ficará bonita andando naquelas ruas com esses chinelos?

Meus olhos inundaram-se de lágrimas e eu respondi: — Sim, tenho certeza que ficará.

Silenciosamente agradeci a Deus por usar estas crianças para lembrar-me do verdadeiro

espírito de Natal. O importante no Natal não é a quantidade de dinheiro que se gasta,

nem a quantidade de presentes que se compra, nem a tentativa de impressionar

amigos e parentes.



O Natal é o amor em seu coração, é compartilhar com os outros como Jesus compartilhou

com cada um de nós. O Natal é sobre o nascimento de Jesus que Deus nos enviou para

mostrar o quanto nos ama realmente.

Autor Desconhecido

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terça-feira, 8 de dezembro de 2009

NÃO SÓ

116

"E peço isto: que a vossa caridade abunde mais e mais em ciência e em todo o
conhecimento." - Paulo. (FILIPENSES, 1:9.)

A caridade é, invariavelmente, sublime nas menores manifestações, todavia,
inúmeras pessoas muitas vezes procuram limitá-la, ocultando-lhe o espírito divino.
Muitos aprendizes crêem que praticá-la é apenas oferecer dádivas materiais aos
necessitados de pão e teto.
Caridade, porém, representa muito mais que isso para os verdadeiros discípulos
do Evangelho.
Em sua carta aos filipenses, oferece Paulo valiosa assertiva, com referência ao
assunto.
Indispensável é que a caridade do cristão fiel abunde em conhecimento elevado.
Certo benfeitor distribuirá muito pão, mas se permanece deliberadamente nas
sombras da ignorância, do sectarismo ou da auto-admiração não estará faltando com o
dever de assistência caridosa a si mesmo?
Espalhar o bem não é somente transmitir facilidades de natureza material. Muitas
máquinas, nos tempos modernos, distribuem energia e. poder, automaticamente.
Caridade essencial é intensificar o bem, sob todas as formas respeitáveis, sem
olvidarmos o imperativo de auto-sublimação para que outros se renovem para a vida
superior, compreendendo que é indispensável conjugar, no mesmo ritmo, os verbos dar e
saber.
Muitos crentes preferem apenas dar e outros se circunscrevem simplesmente em
saber; as atividades de todos os benfeitores dessa espécie são úteis, mas incompletas.
Ambas as classes podem sofrer presunção venenosa.
Bondade e conhecimento, pão e luz, amparo e iluminação, sentimento e
consciência são arcos divinos que integram os círculos perfeitos da caridade.
Não só receber e dar, mas também ensinar e aprender.

Vinha de Luz - Emmanuel/Chico Xavier

quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

Conta Contos.....


O EXAME DA CARIDADE

Em populosa cidade do Brasil, os três amigos, Ribeiro, Pires e Martins, inspirados no Espiritismo consolador, fundaram prestigioso núcleo doutrinário, exclusivamente consagrado a estudos da caridade cristã.

Expressivo número de companheiros se lhes agregaram ao ideal e entidades amigas, através de médiuns devotados à Causa, se revelaram simpáticas, ao trabalho que se propunham desenvolver, colaborando brilhantemente para que a melhor compreensão do Evangelho reinasse no grupo; dentre elas, salientava-se a benfeitora Custódia, que tomou a si o encargo maternal de orientar os três companheiros que haviam entrelaçado esperanças e aspirações, em torno da redentora virtude.

Irmã Custódia ensaiava as mais belas tarefas verbais, na condição de iluminada instrutora; e Ribeiro, Pires e Martins completavam-lhe a obra, proferindo comentários luminosos, junto à comunidade acolhedora.

Livros edificantes eram interpretados com inimitável brilho.

A protetora invisível aos trabalhadores encarnados rejubilava-se, feliz.

Explicava-nos, exultante, que encontrara, finalmente, uma sementeira promissora, que lhe dava direito à mais ampla expectativa. A caridade, ali, seria, a breve tempo, árvore abençoada e frondosa, resultando em fonte para sedentos, mesa farta aos famintos e refúgio calmo aos sofredores.

Conferências evangélicas multiplicavam-se em admiráveis torneios oratórios.

Convertera-se a casa num florilégio precioso.

Cada irmão na fé, amparando-se, sobretudo, nas convicções dos três fundadores, incansáveis nas preleções reconfortantes, era portador de observações fraternas e convincentes.

Inúmeros estudiosos visitaram, com enlevo, aquele reduto iluminativo e, ao se despedirem, quase sempre tinham lágrimas copiosas, ante a emoção recolhida nos discursos sublimes.

Autores quais Richet, Delanne e Crookes, inclinados às perquirições cientificas, quando lidos em semelhante parlamento de amor, soavam estranhamente, porque, no fundo, a instituição era um templo exclusivamente dedicado ao evangelismo salvador.

Avizinhando-se o décimo aniversário da instalação, Custódia, a benfeitora, pediu que fizessem orações comemorativas, especiais. As irradiações da caridade do Alto visitariam os três pilares humanos daquela obra divina e, por isso, convidava o trio a solenizar o acontecimento com palavras de louvor ao Mestre dos mestres.

Ribeiro, Pires e Martins exultaram de contentamento.

Combinaram pronunciar três palestras diferentes, no dia indicado. Um deles falaria sobre o tema “Caridade e Humanidade”, o segundo discorreria sobre “Caridade e Iluminação” e o último sobre “Caridade e Harmonia”.

Chegada a noite de paz e luz, no templo ornado de flores, a trindade orientadora encantou os ouvintes com as suas dissertações renovadoras e inspiradas.

Houve preces tocantes, de mistura com lágrimas insofreáveis.

A mentora espiritual da casa comunicou-se, através de conceitos construtivos e comoventes, esclarecendo que, por haver reservado pequena tarefa para si mesma, durante as horas próximas, tornaria ao agrupamento na semana seguinte, de maneira a apreciar os júbilos da efeméride com a desejável amplitude.

E a notável sessão foi encerrada com indisfarçáveis sensações de ventura no espírito coletivo.

Ribeiro, Pires e Martins, não cabendo em si de contentes, evitaram o bonde, para melhor se entregarem à conversação íntima e longa, no retorno ao ambiente domestico.

Não haviam caminhado um quilômetro, quando foram defrontados por uma senhora de humilde expressão. Não se lhe viam os traços fisionômicos, com suficiente nitidez, mas os pés calçados pobremente, a roupa modesta e limpa e o chalé escuro infundiam-lhe dignidade venerável.

Abordou-os, franca e reverente:

– Senhores! Ajudem-me, em nome da caridade! Estou sozinha e é mais de meia-noite...

Tenho trabalho urgente em arrabalde próximo, entretanto, na posição em que me vejo, sou desconhecida na cidade.

E, em tom súplice, acentuou:

– Qual dos três me concederá um abrigo até manhãzinha? Somente até o nascer do Sol...

Os cavalheiros entreolharam-se, assustadiços.

Ribeiro, constrangido, manifestou-se, hesitante:

– Infelizmente, não posso. Minha mulher não compreenderia.

Pires, encorajado, ajuntou:

– Eu também sinto dificuldade. Sem dúvida, estou pronto a praticar o bem; contudo, a senhora, apesar de credora de todo o meu respeito, é mulher, e meus vizinhos não me perdoariam, notando-lhe a presença, junto de mim...

Martins, por último, falou firme:

– Por minha vez, nada posso fazer. Realmente não sou um homem sem lar. Minha família, entretanto, não entenderia a concessão que a senhora está pedindo. Aliás, não é mesmo razoável o que solicita a uma hora destas...

Não posso arriscar...

Enorme silêncio abateu-se, ali, sobre os quatro, mas Ribeiro lembrou que se cotizassem, oferecendo-se-lhe um leito, por algumas horas, num hotel barato. Cada qual ofereceu cinco cruzeiros e a senhora afastou-se, com palavras de agradecimento.

Acontece, no entanto, que nem Ribeiro, nem Pires, nem Martins conseguiram repousar. Preocupados com o incidente, ergueram-se, antes do amanhecer, e encontraram-se, infinitamente surpreendidos, à porta da pensão modesta que haviam indicado à forasteira.

Algo lhes feria a consciência e o coração. Desejavam saber como havia passado a senhora que lhes dirigira a palavra com tão grande confiança e intimidade. Não conseguiram, porém, a mínima notícia, até que, na reunião da semana seguinte, consoante a promessa que formulara,

Custódia apareceu e, muito bem humorada, através do médium, explicou ao trio assombrado:

– Sim, meus amigos, aquela senhora era eu mesma.

Com a graça de Jesus, materializei-me, em plena rua, a fim de examinar-lhes o progresso em matéria de caridade.

Reparei que para vocês ainda é muito difícil abrir a porta do lar. Mas, se com dez anos de estudo, puderam desatar a bolsa e ceder quinze cruzeiros, sentir-me-ei muito feliz se conseguirem abrir o coração ao verdadeiro amor fraterno, daqui a cem anos...

Sorriu, expressivamente, embora um tanto desapontada, e rematou:

– O essencial, porém, é não interromperem, de nenhum modo, o estudo e o trabalho na direção do Alto...

Não há motivo para desânimo!

Vamos continuar.

CONTOS E APÓLOGOS - PELO ESPÍRITO IRMÃO X

Palestra de Segunda - 07-12-2009


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terça-feira, 1 de dezembro de 2009

O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO - CAPÍTULO III

Há muitas moradas na casa de meu Pai

1. Não se turbe o vosso coração.
– Credes em Deus, crede também em mim. Há muitas moradas na casa de meu Pai; se assim não fosse, já eu vo-lo teria dito, pois me vou para vos preparar
o lugar.
– Depois que me tenha ido e que vos houver preparado o lugar, voltarei e vos retirarei para mim, a fim de que onde eu estiver, também vós aí estejais.
(S. JOÃO, 14:1 a 3.)

DIFERENTES ESTADOS DA ALMA NA ERRATICIDADE

2. A casa do Pai é o Universo. As diferentes moradas são os mundos que circulam no espaço infinito e oferecem, aosEspíritos que neles encarnam, moradas correspondentes ao adiantamento dos mesmos Espíritos.

Independente da diversidade dos mundos, essas palavras de Jesus também podem referir-se ao estado venturoso ou desgraçado do Espírito na erraticidade. Conforme se ache este mais ou menos depurado e desprendido dos laços materiais, variarão ao infinito o meio em que ele se encontre, o aspecto das coisas, as sensações que experimente, as percepções que tenha. Enquanto uns não se podem afastar da esfera onde viveram, outros se elevam e percorrem o espaço e os mundos; enquanto alguns Espíritos culpados erram nas trevas, os bem-aventurados gozam de resplendente claridade e do espetáculo sublime do Infinito; finalmente, enquanto o mau, atormentado de remorsos e pesares, muitas vezes insulado, sem consolação, separado dos que constituíam objeto de suas afeições, pena sob o guante dos sofrimentos morais, o justo, em convívio com aqueles a quem ama, frui as delícias de uma felicidade indizível. Também nisso, portanto, há muitas moradas, embora não circunscritas, nem localizadas.

Palestra de Quarta dia 02-12-2009