JORNAL CELST 2011 - Nº 08




Neste Natal, presenteie com o livro Coragem, Esperança e Fé. Este livro pode ser encontrado na livraria do CELST ou pelo site www.mythoseditora.com.br




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Atividades do CELST

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As comemorações do Natal conduzem-nos o entendimento à eterna lição de humildade de Jesus, no momento preciso em que a sua mensagem de amor felicitou o coração das criaturas, fazendo-nos sentir, ainda, o sabor de atualidade dos seus divinos ensinamentos.
LIVRO ANTOLOGIA MEDIÚNICA DO NATAL - Psicografia: Francisco Cândido Xavier - Espíritos Diversos


Emmanuel
    
     A Manjedoura foi o Caminho.
     A exemplificação era a Verdade.
     O Calvário constituía a Vida.
     Sem o Caminho, o homem terrestre não atingirá os tesouros da Verdade e da Vida.
     É por isso que, emaranhados no cipoal da ambição menos digna, os povos modernos, perdendo o roteiro da simplicidade cristã, desgarra-se da estrada que os conduziria à evolução definitiva, com o Evangelho do Senhor. Sem ele, que constitui o transunto de todas as ciências espirituais, perderam-se as criaturas humanas, nos desfiladeiros escabrosos da impiedade.
     Debalde, invoca-se o prestígio das religiões numerosas, que se afastaram da Religião Única, que é a Verdade ou a Exemplificação com o Cristo.
     Com as doutrinas da Índia, mesmo no seio de suas filosofias mais avançadas, vemos os párias miseráveis morrendo de fome, à porta suntuosa dos pagodes de ouro das castas privilegiadas.
     Com o budismo e com o sintoísmo, temos o Japão e a China mergulhados num oceano de metralha e de sangue.
     Com o Alcorão e com o judaísmo, temos as nefandas disputas da Palestina.
     Com o catolicismo, que mais de perto deveria representar o pensamento evangélico, na civilização ocidental, vemos basílicas suntuosas e frias, onde já se extinguiram quase todas as luzes da fé. Aí dentro, com os requintes da ciência sem consciência e do raciocínio sem coração, assistimos as guerras absurdas da conquista pela força, identificamos o veneno das doutrinas extremistas e perversoras, verificamos a onda pesada de sangue fratricida, nas revoluções injustificáveis, e anotamos a revivescência das perseguições inquisitórias da Idade Média, com as mais sombrias perspectivas de destruição.
     Um sopro de morte atira ao mundo atual supremo cartel de desafio.
     Não obstante o progresso material sente a alma humana que sinistros vaticínios lhe pesam sobre a fronte. É que a tempestade de amargura na dolorosa transição do momento significa que o homem se mantém muito distante da Verdade e da Vida.
     As lembranças do Natal, porém, na sua simplicidade, indicam à Terra o caminho da Manjedoura... Sem ele, os povos do mundo não alcançarão as fontes regeneradoras da fraternidade e da paz. Sem ele, tudo serão perturbação e sofrimento nas almas, presas no turbilhão das trevas angustiosas, porque essa estrada providencial para os corações humanos é ainda o Caminho esquecido da Humildade.

Livro Antologia Mediúnica do Natal - Psicografia: Francisco Cândido Xavier - Espíritos Diversos

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CELST – 40 ANOS

No dia 4 de outubro de 2011, o Centro Espírita Lar da Santíssima Trindade completou 40 anos! Em comemoração a essa data tão especial, foram homenageados, com uma placa, os fundadores do CELST, Amador Teodoro de Souza e Maria Dulce Lobo e Souza, eternizados em nossos corações pelo amor e dedicação pela causa do Cristo.


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Gaste o amor a mãos cheias!
O amor é o único tesouro que se multiplica por divisão.
É o único dom que aumenta quanto mais você tirar.
É a única empresa na qual, quanto mais se gasta, mais se ganha.
Doe-o, difunda-o.
Espalhe-o aos quatro ventos,
Esvazie seus bolsos,
Sacuda o cesto,
Emborque o copo,
E amanhã você terá
Mais do que antes.

Autor desconhecido

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ANTE O NATAL
RICHARD SIMONETTI

01 – Tradicionalmente, evoca-se no Natal a fraternidade, apresentando-se a mensagem de Jesus como gloriosa convocação ao esforço pela edificação de uma sociedade fraterna e solidária. Não obstante, estamos longe de semelhante realização. Por quê?
A mensagem de Jesus ainda é, para a maioria dos homens, uma bela história, que não se cansam de apreciar, particularmente o comovente episódio da manjedoura. Raros percebem tratar-se, sobretudo, de um roteiro de renovação para a humanidade.

02 – O que está faltando para a vivência do Evangelho?
Usando um termo bem atual, falta-nos empatia, segundo o Aurélio, a tendência para sentir o que sentiria caso se estivesse na situação e circunstâncias experimentadas por outra pessoa. É à nossa insensibilidade que devemos debitar o prodígio de convivermos “numa boa” com a miséria da periferia, com os indigentes dos hospitais, com a carência das crianças de rua, como se tudo isso fizesse parte de um mundo distante, e não da cidade onde moramos, da comunidade em que vivemos.

03 – Qual o termo equivalente no Evangelho?
É a misericórdia, que se exprime na compaixão pelas misérias alheias. Quem não se compadece, não se envolve, não se empenha, não se dispõe àquela doação permanente de seu tempo, de sua vida, em favor dos necessitados de todos os matizes, que é a força maior do Evangelho.

04 – O Evangelho estaria mais na cabeça do que no coração…
Exatamente. Sabemos que a miséria deve ser combatida, que é preciso socorrer os necessitados, alimentar o faminto, educar o analfabeto… Talvez até contribuamos com uma parcela de nossos recursos, de nosso tempo. Não obstante, sem misericórdia, o fazemos em proporção ínfima diante do que somos capazes. Um mentor espiritual costumava nos dizer que no esforço do evangelho o que fazemos está sempre muito distante do que podemos fazer.

05 – Madre Teresa de Calcutá seria um exemplo dessa empatia misericordiosa?
Sem dúvida! Foi por senti-la que dedicou a vida aos sofredores de todos os matizes, lamentando ser o seu esforço uma gota d’água no oceano das misérias humanas. Num mundo orientado pelo egoísmo, Madre Teresa é reverenciada por tratar-se do espantoso fenômeno de uma mulher que se decidiu a vivenciar integralmente o Evangelho e, por isso, dedicou-se integralmente ao próximo.

06 – O voto de pobreza, o total despojamento em relação aos bens materiais, como vemos em Madre Teresa, seria o caminho para essa empatia misericordiosa?
Não necessariamente. Não é “pecado” ter dinheiro, riqueza, bens materiais. Se o homem bem de vida servir-se da riqueza, sem se tornar seu servo, poderá realizar prodígios em favor de multidões carentes.

07 – Um exemplo…
A princesa Diana, cuja morte comoveu o mundo, foi dotada dessa empatia. Mais de 100 associações assistenciais, cujos representantes foram convidados para as cerimônias que precederam seu sepultamento, testemunham que ela exercitou largamente a misericórdia. As imagens mais emocionantes, imorredouras na memória popular, são aquelas em que ela aparece abraçando aidéticos, mutilados de guerra, crianças e velhos, com aquela espontaneidade própria das pessoas misericordiosas.


08 – Tendo em vista o grande movimento desenvolvido pelas entidades espíritas no campo social, podemos dizer que os espíritas são misericordiosos?
Alguns, talvez. Mas estamos caminhando para essa grande realização. Já estamos conscientes de que é preciso fazer todo bem ao semelhante, como recomendava Jesus. O empenho de servir, ainda que por mera consciência de dever, é a ante-sala da misericórdia.

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REFLETINDO COM CHICO XAVIER

Angustiado visitante reclamava com Chico:
- Tentei cumprir rigorosamente o Evangelho, mas devo lhe dizer que não deu certo.
- O que houve, meu irmão?
- Sou gerente de uma agência bancária. Concedi vultoso empréstimo a uma pessoa que implorou ajuda, em face de suas dificuldades financeiras. Ocorre que o título venceu e não foi pago. Sou o responsável e vou ter que vender minha casa para pagar ou serei demitido. Por que esse castigo, se apenas cumpri o Evangelho?
E Chico:
- Emmanuel está dizendo que devemos sempre cumprir o Evangelho, mas com o nosso dinheiro, não com o dinheiro dos outros.
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Alguém perguntou:
- Chico Xavier já tem sucessor?
E Chico, bem humorado:
- Não. Seria como perguntar ao capim se ele tem sucessor. Capim é assim mesmo, morre um, nasce outro. Este é o meu caso. Considero-me abaixo do capim, pois este pelo menos serve ao boi, enquanto eu ainda nem fui para o silo, onde, então, vou servir mais.

Extraído do livro Rindo e Refletindo com Chixo Xavier Vol.2, de Richard Simonetti.

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PARA LER E MEDITAR...
OCIOSIDADE

            Imagem extraída da internet

A ociosidade é como a ferrugem, gasta mais do que o trabalho: - a chave de que nos servimos está sempre limpa.
Benjamin Franklin

Um ocioso é um relógio sem os dois ponteiros, inútil quando anda e quando parado.
Cowper

O Homem ocioso é como água estagnada – corrompe-se.
Latena

A ociosidade é o anzol do demônio.
Tomás de Aquino

Um homem perfeitamente ocioso é um pecado ambulante.
Colecchi

Não é ocioso apenas o que nada faz, mas é ocioso que poderia empregar melhor o seu tempo.
Sócrates



"A desordem e a imprevidência são duas chagas que somente uma educação bem compreendida pode curar." (Allan Kardec. O Livro dos Espíritos. Livro Terceiro. Capítulo III. Lei do Trabalho. Pergunta 685-a.)

"Se Deus tivesse liberado o homem do trabalho material, seus membros seriam atrofiados; se o tivesse liberado do trabalho da inteligência, seu espírito teria ficado na infância, no estado dos instintos animais.

"Eis por que o trabalho lhe é necessário. Ele lhe disse: Busca e acharás, trabalha e produzirás; deste modo serás filho de tuas obras, pelas quais terás o mérito e serás recompensado segundo o que tiveres feito. " (Allan Kardec. O Evangelho Segundo o Espiritismo. Capítulo XXV. Buscai e Achareis. Item 3.)


562. Os Espíritos da ordem mais elevada, nada mais tendo a adquirir, entregam-se a um repouso absoluto ou têm ainda ocupações?
Que querias que eles fizessem por toda a Eternidade? A eterna ociosidade seria um suplício eterno.

564. Entre os Espíritos há os que são ociosos ou que não se ocupem de alguma coisa útil?
Sim, mas esse estado é temporário e subordinado ao desenvolvimento de sua inteligência. Certamente que os há, como entre os homens vivendo apenas para si mesmos; mas essa ociosidade lhes pesa e cedo ou tarde o desejo de progredir lhes faz sentir a necessidade de atividade, e são então felizes de poderem tornar-se úteis. Falamos de Espíritos que atingiram o ponto necessário para terem consciência de si mesmos e de seu livre-arbítrio. Porque, em sua origem, eles são como crianças recém-nascidas que agem mais por instinto do que por uma vontade determinada.
(O livro dos espíritos – Allan Kardec)